Abriu a época dos saldos. Nada contra. Já consumi mais até do que o normal, com um desejo de renovar uma imagem que já tantas vezes me foi apontada como não correspondente à minha personalidade... ou antiquado. Não sei exactamente precisar os adjectivos, porque normalmente são conversas um pouco longas, em como deveria cuidar mais de mim, e perder um pouco mais de tempo a pensar na minha imagem, ou usar as peças de roupa mais porreiras que tenho - o que normalmente acabo por não fazer porque tal exige mix and match, o que demora algum tempo, e é bem mais fácil recorrer ao esquema sapatilhas + calças de ganga + camisola genérica + camisola de lã + casaco (até há pouco tempo, os meus invernos eram passados recorrendo todos os dias ao mesmo).
Eu percebo perfeitamente o que os meus amigos querem dizer, e concordo. Reconheço que muitas vezes a nossa atitude face aos outros se modela consoante nos sentimos melhor ou pior com a nossa pele in any given day, e vice versa - quando olhamos para quem nos rodeia, a forma de se apresentarem influencia o juízo que dela fazemos.
Acho que a minha renitência em mudar se deve a vários factores. O principal será preguiça. Outro poderá ser o "tenho mais que fazer", em parte tão de mãos dadas com o primeiro, mas por outro lado com um pensamento latente de que há tanta coisa em mim que é preciso melhorar e afinar, que o estilo não parece de todo importante, em comparação. Depois, há uma certa irritação com o factor aparência, e o quanto importa na nossa sociedade. Volto a ressalvar que percebo, e que concordo, e lai lai lai... mas... às vezes parece demais. Como se existisse uma pressão generalizada em como temos de ser todos hiper mega ri fabulosos sempre que saímos de casa. Não há espaço para olheiras, para caras zangadas, para dias de silêncio. Carpe diem, carpe diem, tic tac tic tac tic tac... Fabulous is the ultimate goal!... Acho que no fundo continuo a acreditar que a personalidade se manifesta mesmo através de roupas não condizentes com a mesma. Só é preciso olhar duas vezes. Valerá a pena captar a atenção de alguém que não tem tempo de olhar duas vezes?
Relendo o texto, acho que não era bem isto que queria dizer. Até porque se a roupa é uma expressão do próprio, não pode ter como finalidade atrair olhares. Portanto fica um ensaio para um texto posterior, quiçá melhor construído...
Eu percebo perfeitamente o que os meus amigos querem dizer, e concordo. Reconheço que muitas vezes a nossa atitude face aos outros se modela consoante nos sentimos melhor ou pior com a nossa pele in any given day, e vice versa - quando olhamos para quem nos rodeia, a forma de se apresentarem influencia o juízo que dela fazemos.
Acho que a minha renitência em mudar se deve a vários factores. O principal será preguiça. Outro poderá ser o "tenho mais que fazer", em parte tão de mãos dadas com o primeiro, mas por outro lado com um pensamento latente de que há tanta coisa em mim que é preciso melhorar e afinar, que o estilo não parece de todo importante, em comparação. Depois, há uma certa irritação com o factor aparência, e o quanto importa na nossa sociedade. Volto a ressalvar que percebo, e que concordo, e lai lai lai... mas... às vezes parece demais. Como se existisse uma pressão generalizada em como temos de ser todos hiper mega ri fabulosos sempre que saímos de casa. Não há espaço para olheiras, para caras zangadas, para dias de silêncio. Carpe diem, carpe diem, tic tac tic tac tic tac... Fabulous is the ultimate goal!... Acho que no fundo continuo a acreditar que a personalidade se manifesta mesmo através de roupas não condizentes com a mesma. Só é preciso olhar duas vezes. Valerá a pena captar a atenção de alguém que não tem tempo de olhar duas vezes?
Relendo o texto, acho que não era bem isto que queria dizer. Até porque se a roupa é uma expressão do próprio, não pode ter como finalidade atrair olhares. Portanto fica um ensaio para um texto posterior, quiçá melhor construído...
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